quinta-feira, 25 de novembro de 2010

LINGUAGEM

LINGUAGEM

A linguagem é algo que permeia todo nosso cotidiano e é através dela que mantemos contato com nosso meio social e interno. Componentes culturais são capazes de determinar como nosso cérebro vê o mundo externo, quais elementos ele seleciona e quais elementos ele exclui de sua vida psíquica.

O mundo é uma complexidade, onde cada vez mais percebemos que todas as coisas, sendo mais absurdas,diferentes e distantes que se possa imaginar possuem uma relação com outra, mínima e sutil que seja, mas nunca estão separados. E o nosso cérebro, registra tudo, tudo que passa por seus sentidos desde o nosso nascimento, mas o que difere da forma como um vê o mundo diferente do outro é o campo conceitual que ele vai criando sobre as coisas que ele passa a conhecer.

Este campo conceitual, de carga semântica extensa, inclui não somente o meio cultural que nascemos, mas também um fator do próprio biótipo corporal que ajuda a selecionar este meio social que freqüentaremos se nos sentiremos parte. O perfil da família que é o nosso primeiro meio social, os meios de comunicação de massa que sempre invadem e se infiltram no meio familiar, e o ciclo de amigos de relações horizontais que vamos colecionando desde pequeninos, que continuamos na adolescência, mantemos na nossa primeira etapa da preparação para a vida adulta, e não percebemos o quão estamos enraizados e completamente ligados neste meio relacional. Este ambiente fará parte do conjunto de acessórios que comporão nossa linguagem interna, o pulsar que moverá nossa vida e que giraremos sempre em torno dele, a não ser que de algum modo, rompamos com todo movimento direcional imposto pela linguagem primeiramente adquirida.

Este processo de rompimento de linguagem e criação de uma nova, é muito importante para aqueles que querem ver a vida, de forma diferente da qual nosso cérebro habituou a ver, e, sem percebermos, podemos ficar uma vida inteira sem saber que haviam infinitas possibilidades de linguagem e ficamos alienados em apenas uma ou algumas.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Humanismo, Fenomenologia e Existencialismo.

Humanismo, Fenomenologia e Existencialismo.

“... A espécie humana é a única capaz de existir. Existência que pode ser traduzida por: por para fora, projetar-se. Essa capacidade é caracteristicamente humana, só o ser humano transcende toda barreira, enquanto, outros seres seguem sua programação biológica, o homem se faz homem, se constrói com base na cultura, na história, e na própria individualidade.

O homem passa a ter objetivos, sua condição de existência passa a ser seu potencial, este então passa a dar sentido para si. É o único que vive num constante devir (vir a ser). Tudo que este é ainda estar por se fazer. O homem é por si só uma obra inacabada, tendo seu projeto em suas próprias mãos. Antes de tudo, existência é possibilidade de se projetar, se construir.

Durante sua vida, o homem perpassa por um meio social massacrante, devassalador, que destrói e corrompe suas potencialidades genuínas. O caminho da é áspero e cheio de pedras, para muitos e existência perde seu maior significado, perde-se o sentido, a sua realização passa a estar cada vez mais distante. O homem sem sentido de vida é incapaz de viver plenamente. Na existência humana, mergulhar nas trevas é parte da caminhada, no entanto, para sair das trevas é preciso encontrar o verdadeiro sentido de vida. Diante de sua capacidade de autorealização, mesmo no deserto, a mais bela flor consegue florescer.”

Trecho extraído de artigo sobre Gestalt-Terapia (fonte wikipédia)

http://pt.wikipedia.org/wiki/Terapia_gestalt

terça-feira, 17 de agosto de 2010

O ser humano é racional?

Em certo parâmetro deveríamos posicionar o conceito de “ser humano racional” a partir de uma pergunta: Em qual racionalidade?

Das propriedades mentais, e das potencialidades que o ser humano pode desenvolver, pode-se considerar de fato que ele é um ser com potencial racional. Mas sua capacidade de racionalização se limita ao seu nível de desenvolvimento mental ou cognitivo, das suas capacidades de percepção, do nível de interferência de seu sistema límbico, da sua maturidade biológica. Visto que a mente é um sistema não binário, e que por complexidade a racionalidade humana não se constitui apenas no sistema matemático da divisão (a/b=x), pode-se assegurar que o ser humano é racional, mas limitado à sua capacidade de percepção, seus conhecimentos, suas vivências e experiências, seus conceitos, seus mitos, suas crenças. Ou seja, a mente é o filtro pelo qual percebemos a realidade, a sua rede neural conjugada com as qualidades biológicas e sua formação, é quem determinará a qualidade da racionalidade que o ser humano está apto para exercer.

Apesar do ser humano ser racional, isto não o exclui da possibilidade e do ato dele cometer irracionalidades. É da propriedade da mente fazer as conexões mais absurdas possíveis, gerar as mais brilhantes idéias tidas como geniais, e das mais tolas possíveis que uns julgam popularmente falando que “nem animal irracional cometeria”.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Ser Humano, Da Sensibilidade Para A Inteligibilidade


Não é difícil de olhar no tempo e perceber o ser humano no seu processo histórico as transformações, evoluções e involuções que aconteceram a todo o momento.

Do ser primitivo ao ser moderno, muitas mudanças no seu campo de percepção foram ocorrendo. Suas estruturas mentais, formas de comunicação e interação, valores sociais, crenças, comportamentos, criação de recursos artificiais, sistemas econômicos... São infinidades de adaptações, alterações, criações, construções, desconstruções. Todas elas aconteceram porque o ser humano aguçou o seu labor no campo das idéias.

Mas existe algo que nunca mudou nele: a “sensibilidade sensível”, a atividade biológica de seu corpo, sua mecânica material e corporal. Toda alteração que percebemos na história do ser humano é na parte inteligível, no seu campo criativo, na sua percepção e na forma de compreender e enxergar o mundo.

Construir-se ser humano é um processo. Não podemos determinar um fim ou criar uma imagem final de onde o ser humano pode alcançar. Suas limitações? É difícil determina-las se pensarmos nas possibilidades das idéias, nesta dimensão sentimos dentro do infinito como percebemos o tamanho do espaço cósmico.

Contentemos com nossas limitações físicas, porque com isto, não temos muita coisa a criar, construir ou desconstruir. A nossa dimensão, talvez o real sentido da expressão “ser humano”, é o campo das idéias. Nela uma infinidade de mundos poderá ser criada e foi nessa dimensão que aconteceu a criação deste texto.


Autor: Vinícius Machado. Graduando em Pedagogia.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Desenvolvendo a Criatividade – Parte 2.

Desenvolvendo a Criatividade – Parte 2.


Os pesquisadores do comportamento humano são unânimes em afirmar que o homem possui um inestimável potencial criador. Quando este potencial se destaca em certos indivíduos, eles são considerados GÊNIOS... Em outras pessoas, este potencial não ganha expressão porque , na maioria das vezes, não encontra estímulos à sua expansão, permanecendo com a percepção trancada por vícios mentais e às vezes pelo próprio MODO DE VIDA DAS PESSOAS. Mas em qualquer um dos casos, a capacidade de criação é uma característica do ser humano. Prova desta capacidade é o montante das realizações do homem ao longo de sua história.

Sempre há um questionamento que fica no ar, qual o limite da minha percepção? Quais são as formas que estamos habituadas a ver e porque a mesma coisa, ou objeto eu não consigo ver diferente? Costumamos a ter paradigmas sutis que eliminam outras possibilidades de se ver um objeto de forma diferente, e a realidade é o que atribuímos ao objeto, o que pode matar a existência de outras realidades.

É interessante se perguntar, por que uma criança consegue ver em uma vassoura que o homem adulto vê apenas como objeto de varrer ou limpar a casa como um “cavalo”, ou o “instrumento de vôo da bruxa”, um “brinquedo de equilibrar” segurando-a ponta cabeça na palma da mão... e por aí vai!”.

A criatividade está em ver algo que não existe naquele objeto, ou ver algo além daquele objeto. Criatividade é por movimento em coisas que aparentemente são estáticas....!

Referência: Educação artística – expressão musical corporal e plástica. (Cap. 7 – Desenvolvendo a Criatividade) Autor: Gilberto Cortim – Ed. Saraiva.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

DESENVOLVENDO A CRIATIVIDADE - Parte 1

Tudo bem pessoal! Estou começando minhas postagens aqui no blog www.educacaoculturaemusica.blogspot.com que tem por finalidade abordar diversos temas que envolva educação, cultura e música.

Primeiramente começarei com um assunto importante que é a CRIATIVIDADE, e que poderá ajudar a muitas pessoas que compreenderem este processo.

Desenvolvendo A Criatividade - Parte 1

O desenvolvimento da criatividade exige de nós um empenho permanente. Não podemos ser criativos apenas em determinados momentos e, logo depois, mergulhar no comportamento rotineiro, produto da inatividade mental.

Como disse o escritor Somerset Maughan, “a imaginação aumenta com o exercício”. Dessa maneira, precisamos compreender que a capacidade criadora não é algo que se esgota com o uso. Muito pelo contrário: somente a utilização constante da criatividade é capaz de aumentar o potencial e vigor de sua energia.

A atividade criadora rejeita a obediência cega às atividades normalmente aceitas e exige uma atitude crítica em relação a todas as idéias, submetendo-as ao julgamento da razão. É importante compreender que existem inúmeros problemas sem respostas, e que inúmeras respostas precisam ser reformuladas para não se tornarem problemas.

Mas não existe uma só maneira de buscar soluções para os problemas. Poincaré, um dos grandes matemáticos de nossa época, recomendava esquecermos o problema por algum tempo, depois de pensar nele horas a fio. Muitas vezes, dizia Poincaré, a solução aparece sem que a pessoa esteja pensando conscientemente no problema. É claro que este método não pode servir a todos os tipos de pessoas.

Um outro método, freqüentemente utilizado nos Estados Unidos, é o brainstroming ou tempestade cerebral. Apesar do nome engraçado, é um método bastante funcional. Na realização do brainstroming adota-se o seguinte procedimento: diversas pessoas reúnem-se para resolver o problema e durante um certo tempo elas sugerem as mais variadas idéias. Todas as sugestões são anotadas, mesmo que, aparentemente, não tenham menor sentido. A solução para o problema pode surgir da combinação de várias sugestões.


Referência: Cortim, Gilberto Vieira, 1955 - Educação Artística: expressão corporal, música, plástica: 1ª grau / Gilerto Cortim. - São Paulo: Saraiva: 1978 - 1979




Um abraço a todos!